domingo, 5 de outubro de 2025

Viver é um presente, e a vida, uma suave chave


Num mundo onde os dias dançam,  

E as horas se esvaem como vento,  

Vejo a vida como um rio que avança,  

Levando consigo cada momento.


Por que partir tão cedo, se há tanto a dizer?  

Se em cada olhar, uma história a tecer,  

Se o amor e a sabedoria se entrelaçam,  

E em nossos corações, os sonhos se abraçam.


Ah, como é cruel o tempo que apressa,  

Nos ensina a valorizar o que é efêmero,  

Somente na velhice, a vida se confessa,  

E cada ruga revela um mistério.


Lágrimas e risos, um ciclo profundo,  

A juventude, um brilho que logo se esvai,  

Mas as lições aprendidas nesse mundo,  

São sementes que florescem, mesmo após a dor que traz.


Se ao partir, deixamos um legado,  

Que ecoa nas almas que tocamos com carinho,  

Não é o tempo que importa, mas o que foi vivido,  

E cada ato de amor, um eterno caminho.


Vamos, então, celebrar cada instante,  

As conversas sob as estrelas, as risadas ao amanhecer,  

Pois mesmo que a vida seja um sopro distante,  

O que importa é o amor que vamos tecer.


Que a sabedoria não venha apenas com a idade,  

Mas que possamos aprender em cada caminhada,  

Ensinando e aprendendo, em mútua verdade,  

Fazendo de cada dia uma nova alvorada.


E assim, ao invés de lamentar a partida,  

Valorizemos o agora, o que temos em mãos,  

Pois cada momento é uma página da vida,  

E somos todos autores de nossas próprias canções. 


Que a passagem seja leve, como um suspiro,  

E que o legado de amor nunca se acabe,  

Pois em cada ensinamento, em cada giro,  

Viver é um presente, e a vida, uma suave chave.


Hélio Costa

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