Num mundo onde os dias dançam,
E as horas se esvaem como vento,
Vejo a vida como um rio que avança,
Levando consigo cada momento.
Por que partir tão cedo, se há tanto a dizer?
Se em cada olhar, uma história a tecer,
Se o amor e a sabedoria se entrelaçam,
E em nossos corações, os sonhos se abraçam.
Ah, como é cruel o tempo que apressa,
Nos ensina a valorizar o que é efêmero,
Somente na velhice, a vida se confessa,
E cada ruga revela um mistério.
Lágrimas e risos, um ciclo profundo,
A juventude, um brilho que logo se esvai,
Mas as lições aprendidas nesse mundo,
São sementes que florescem, mesmo após a dor que traz.
Se ao partir, deixamos um legado,
Que ecoa nas almas que tocamos com carinho,
Não é o tempo que importa, mas o que foi vivido,
E cada ato de amor, um eterno caminho.
Vamos, então, celebrar cada instante,
As conversas sob as estrelas, as risadas ao amanhecer,
Pois mesmo que a vida seja um sopro distante,
O que importa é o amor que vamos tecer.
Que a sabedoria não venha apenas com a idade,
Mas que possamos aprender em cada caminhada,
Ensinando e aprendendo, em mútua verdade,
Fazendo de cada dia uma nova alvorada.
E assim, ao invés de lamentar a partida,
Valorizemos o agora, o que temos em mãos,
Pois cada momento é uma página da vida,
E somos todos autores de nossas próprias canções.
Que a passagem seja leve, como um suspiro,
E que o legado de amor nunca se acabe,
Pois em cada ensinamento, em cada giro,
Viver é um presente, e a vida, uma suave chave.
Hélio Costa
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