Por: Josélio Carneiro
Jornalista desde 1989, nessa trajetória vi surgir na comunicação da Paraíba jovens e dinâmicos profissionais. No ciclo natural da vida também vi dezenas de colegas partirem para a outra, e, acredito, melhor dimensão da existência, a vida a espiritual. Uns tiveram a Páscoa na meia idade, outros, o privilégio da vida longa.
No texto de hoje, minha homenagem a jornalistas que conheci, sobretudo aos que convivi em redações. Começo por citar convidados meus para o livro A União – Escola de Jornalismo, obra com 367 páginas, que publiquei no ano de 2018, com lançamento no 7 de abril, Dia do Jornalista.
Lançamento do livro no Centro Cultural Ariano Suassuna - foto - Elias Félix (TCE)
Na consciência de que todos nós temos no planeta terra uma vida considerada passageira – amanhã vou eu, irá você – registro o quanto senti e sinto pela perda dos colegas de redação do jornal A União e da Secretaria de Comunicação Institucional do Governo da Paraíba, Alexandre Nunes e Eduardo Carneiro, vítimas da Covid-19. Dois profissionais e cidadãos queridos por muita gente. Principalmente com Alexandre tive maior aproximação, diálogo, no dia a dia, nas viagens pela Secom-PB. Expressei a sua esposa e aos seus filhos meus profundos sentimentos.
José Carlos dos Anjos Wallach, convivi uns tempos na redação da Secom. Uma pessoa de luz, profissional competente. Dos Anjos, como eu o chamava, foi quem me deu a dica para o título do livro.
Martinho Moreira Franco, um dos ícones da imprensa paraibana era pessoa por quem eu nutria muito respeito e estima. Martinho também escreveu artigo no meu livro Lyceu Parahybano – berço da cultura e do jornalismo. Faz uma falta imensa. Um grande desfalque no time dos melhores textos da imprensa paraibana.
O grande Agnaldo Almeida, gentilmente nos atendeu e escreveu seu relato sobre A União. Sua partida abriu lacuna imensurável no nosso jornalismo de primeira linha.
O jornalista e escritor Biu Ramos nos recebeu em sua residência e nos concedeu entrevista para a coletânea. Ele dirigiu A União em duas gestões. “A União sempre teve bons quadros, bons jornalistas. Esse foi um mérito de A União, poder juntar os melhores jornalistas da Paraíba. Eles foram professores das novas gerações que surgiram. Todo mundo vestia a camisa, os jovens e os experientes. A contribuição d’A União foi inegável nesse aspecto”, pontuou o mestre.
Lembro aqui de mais três participantes do livro já não entre nós: Cardoso Filho, que faleceu recentemente; Heraldo Nóbrega e Wellington Farias. Wellington ainda participou de outro livro meu: Rádio Tabajara – Patrimônio Cultural da Paraíba (2017). Relatou sua experiência na Tabajara. Foi um profissional muito atuante, respeitado.
Walter Galvão, mente brilhante, talvez o mais intelectual dos grandes nomes do jornalismo paraibano, não tive, a exemplo de Agnaldo, convivência, porém, enriqueceu o conteúdo de A União - Escola de Jornalismo com seu artigo Passo Digital. Galvão, Agnaldo, Martinho, Dos Anjos, Biu Ramos, Alexandre, Eduardo, a imprensa de nosso estado ficou menor sem seus talentos. Rogério Almeida, especialista em turismo, também nos deixou.
Luiz Augusto Crispim, escritor, poeta, jornalista, professor, já havia falecido quando publiquei o livro em 2018, porém, inseri na obra uma crônica sua sobre o aniversário do mestre Gonzaga Rodrigues.
Ainda deixaram grande legado Helio Zeinaide, Carlos Romero, Jacinto Barbosa, Carlos Aranha, Adelson Barbosa, Nelson Coelho e Humberto Lira. Aos internautas minhas desculpas por não lembrar de todos que nos deixaram.
As jornalistas Gorete Zenaide, Lena Guimarães e Nelma Figueiredo também escreveram suas histórias na comunicação da Paraíba. Três profissionais de muito talento. Lena foi secretária de Comunicação Institucional no Governo José Maranhão. Gostaria que tivessem participado do livro.
Uma partida bem recente foi a do jornalista Land Seixas que por décadas militou no sindicalismo. No livro A União – Escola de Jornalismo, Land escreveu o artigo: A nova tecnologia, o retorno ao regime jurídico estatuário e editor por um dia.
A certeza é que a páscoa chega para todos nós. Até um dia companheiros e companheiras do fazer jornalístico!
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