A Secretaria de Estado da Administração Penitenciária da Paraíba (SEAP-PB), em parceria com o Conselho da Comunidade de João Pessoa e o Tribunal de Justiça da Paraíba, realizou o primeiro casamento coletivo católico de pessoas privadas de liberdade, na Igreja de São Francisco, em João Pessoa. A iniciativa, além de oficializar uniões afetivas, reafirmou a dignidade humana, valorizou o papel da família como instrumento fundamental de ressocialização e contou com o apoio de instituições públicas, privadas e organizações da sociedade civil, que desempenharam papel decisivo para o êxito da cerimônia.
O evento foi marcado pela soma de esforços de parceiros que, cada um à sua maneira, contribuíram para transformar o momento em uma experiência única. Estiveram presentes colaborações de destaque como a da Associação das Esposas dos Magistrados e Magistradas da Paraíba (AEMP), da Associação dos Magistrados da Paraíba (AMP), do Centro Cultural São Francisco, do PRIMA – Programa de Inclusão através da Música e das Artes, do Seminário Arquidiocesano da Paraíba, da Secretaria de Estado da Segurança e da Defesa Social, por meio do Instituto de Polícia Científica, da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Humano, através do Programa Cidadão, e da Gerência Operacional de Educação para Pessoas Privadas de Liberdade, reafirmando o compromisso do Estado e da sociedade com a cidadania e a reintegração social.
O evento também contou com a colaboração de diversos parceiros que reforçaram a grandiosidade e a sensibilidade da ocasião, entre eles o Instituto Embelleze, Resina em Luxo JP, Marcos Pimentel Fotografias, Dra. Graziela Queiroga, Dra. Christiane Araruna, Dra. Anna Karenina, Sonho Doce e Marielza Rodriguez PAP. A presença dessas instituições e profissionais reafirmou o compromisso coletivo em promover dignidade, cidadania e esperança, transformando a cerimônia em um marco de valorização da pessoa humana.
Entre os parceiros, merece destaque o papel do Instituto Embelleze, que mobilizou 11 profissionais para cuidar da estética dos noivos e noivas, oferecendo cortes de cabelo, barba, maquiagem e penteados. Mais do que a preparação visual para a cerimônia, esse gesto simbolizou respeito, dignidade e o resgate da autoestima, evidenciando como a estética pode se tornar ferramenta de reinserção social e de reconstrução da identidade.
O casamento coletivo, mais do que a formalização de uniões, representou a reafirmação de que a dignidade, o fortalecimento dos vínculos familiares e a participação da sociedade são pilares indispensáveis para a ressocialização e para a construção de uma sociedade mais humana e inclusiva.
A Secretaria de Estado da Administração Penitenciária da Paraíba (SEAP-PB), em parceria com o Ambulatório TT do Hospital Clementino Fraga, deu início nesta quinta-feira (04/09) ao tratamento de hormonioterapia para pessoas LGBT privadas de liberdade. A ação representa um marco na política de saúde do sistema prisional e reafirma o compromisso da gestão com a dignidade humana, o cuidado integral e a promoção da cidadania.
Na primeira etapa, cinco pessoas privadas de liberdade foram atendidas em consultas que contemplaram o início do protocolo hormonal, a realização de exames complementares e a distribuição dos medicamentos necessários para o acompanhamento terapêutico. Ao todo, 19 pessoas LGBT serão contempladas nesta fase inicial do projeto, que deverá ser expandido gradualmente para outras unidades do sistema penitenciário da Paraíba.
O processo de hormonioterapia segue protocolos técnicos estruturados em quatro fases complementares, que asseguram qualidade e acompanhamento multidisciplinar: consulta com psicólogo, voltada à escuta clínica e suporte emocional; consulta com psiquiatra, para avaliação da saúde mental e condições de estabilidade; consulta com endocrinologista, responsável pela definição e acompanhamento do protocolo hormonal; e, por fim, o tratamento medicamentoso, com fornecimento regular e monitoramento dos fármacos.
Os atendimentos são fruto da parceria institucional entre a SEAP-PB e o Ambulatório TT, consolidada com o objetivo de garantir acesso especializado à hormonioterapia para pessoas trans e LGBT privadas de liberdade. A iniciativa fortalece a política de saúde no sistema penitenciário e está alinhada às diretrizes de respeito, inclusão e dignidade, reafirmando a importância do cuidado integral como instrumento de ressocialização.
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