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A iniciativa da Secretaria
de Estado da Administração Penitenciária (Seap-PB) por meio Coordenação de
Atenção Biopsicossocial ocorre desde o ano de 2024.
A psicóloga e policial
penal Silnara Galdino, organizadora do evento, avalia que mais uma vez a ação
traz a esperança de que os participantes se tornem agentes multiplicadores de
informação sobre os cuidados com a saúde mental. “Essa ação é parte de um
esforço contínuo para disseminar gradualmente os conceitos de valorização da
vida e bem-estar mental. Reconhecemos a necessidade de ampliar o alcance dessas
iniciativas a todos os servidores, e por isso daremos continuidade às nossas
ações, visando atingir um número cada vez maior de policiais penais.
Acreditamos que, com sensibilidade e compreensão, é possível reconhecer a
importância de cuidarmos da nossa saúde mental”.
O psicólogo e professor
Paulo Celson observa que falar sobre saúde mental e suicídio é tratar de uma
questão que não se limita ao sujeito, mas trata-se de um fenômeno que atravessa
a sociedade, a saúde, as políticas públicas, a cultura, o ambiente de trabalho
e, sobretudo, as condições de vida de cada sujeito.
E acrescenta: “Abordar
essa temática é também uma forma de cuidar da vida não apenas da comunidade
civil, mas igualmente da categoria policial (seja ela civil, militar ou penal).
Significa romper o silêncio, enfrentar o estigma, ultrapassar a culpabilização
e, principalmente, reconhecer a dor de quem sofre. É compreender que nós,
profissionais da saúde ou da segurança pública, também estamos vulneráveis e
precisamos criar espaços de escuta, acolhimento e respeito, humanizando nossas
práticas no trabalho e na comunidade”.
Por fim, o professor nos
apresenta esta reflexão: “Diante do suicídio, é inevitável a pergunta: “O que
antecede o ato?”. A resposta é complexa, múltipla e nunca esgota todas as
dimensões envolvidas. Prevenir não é ter todas as respostas. Prevenir é estar
presente, abrir caminhos, criar redes de apoio e facilitar o acesso ao cuidado
em saúde mental especializado”.
A psicóloga e professora
da UNIFIP, Ana Karenyna de Moraes Lima, destacou que a faculdade recebe com entusiasmo
a parceria com a Seap compreendendo a importância que se dá à saúde mental dos
policiais penais, entendendo o quanto é importante falar sobre valorização da
vida dentro do ambiente de trabalho. “Falar sobre saúde mental precisa deixar
de ser um tabu dentro da instituição de trabalho e entre os colegas de
trabalho. Porque não tenho vergonha de falar sobre a saúde do corpo, quando vou
para a academia malhar. Então esta campanha é de extrema importância porque o
adoecimento mental ele não escolhe pessoas, ele só acomete, então, que
continuemos juntos de mãos dadas não apenas no setembro amarelo mas por todo o
ano em prol da saúde mental principalmente dos trabalhadores da segurança da
Paraíba”.
O secretário da
Administração Penitenciária, João Alves, com agenda em João Pessoa, foi
representado pelo diretor da Penitenciária de Segurança Máxima de Campina
Grande, Leandro Batista. O Tenente Andrade representou o Corpo de Bombeiros
Militar em Campina Grande. A superintendente adjunta do Núcleo da Polícia
Científica, Zênia Castro, representou o IPC local, que teve ainda Vitor Bellas -
Perito Criminal, Sub-chefe do Núcleo de Criminalista.
Ainda participaram do
evento Isabel Figueiredo, Diretora do Sistema Único de Segurança Pública, Professor
Maylcon Theodoro, Coordenador Geral de Programa Escuta SUSP, pela Universidade
Federal de Minas Greais, além do policial penal Ronaldo Porfirio, representando
a Central Integrada de Alternativas Penais da Paraíba – CIAP-PB.
As atividades tiveram
início com acolhimento especial com a dinâmica: Mural da Vida. Momento de
compartilhamento de palavras, lembrança que dão sentido as suas vidas.
Setembro Amarelo é agora
política pública nacional - A Lei n.º 14.549, de 13 de abril de 2023,
sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, elevou a posição da
campanha Setembro Amarelo a uma política pública nacional. A legislação
institui o mês de setembro como o Mês Nacional de Conscientização sobre a Saúde
Mental e a Prevenção do Suicídio, garantindo a continuidade das ações em todo o
território brasileiro.
A sanção da lei reforça o
compromisso do governo com a promoção da saúde mental e com o enfrentamento dos
desafios relacionados à automutilação e ao suicídio. Segundo dados do
Ministério da Saúde, em 2023, mais de 16,8 mil óbitos por suicídio foram
notificados no país, evidenciando a urgência e a relevância do tema.
A legislação estabelece
que, anualmente, durante o mês de setembro, serão realizadas campanhas
informativas e educativas em todo o país. As ações terão como objetivo:
— Informar a população
sobre os riscos e sinais de alerta de automutilação e suicídio;
— Orientar sobre os
recursos e serviços disponíveis para apoio e tratamento;
— Reduzir o estigma e o
preconceito associados aos transtornos mentais.
— Estimular a busca por
ajuda profissional e o fortalecimento de redes de apoio.
A lei também incentiva a
participação de órgãos públicos, instituições de ensino, organizações não
governamentais e da sociedade civil na promoção de atividades como palestras,
eventos e iluminação de prédios públicos com o cor amarelo. Essa mobilização
conjunta busca ampliar o diálogo sobre o tema e oferecer suporte a quem
precisa.
A iniciativa reforça o
compromisso da instituição com a ressocialização e o cuidado com a saúde mental
das pessoas privadas de liberdade, destacando a importância do diálogo e da
conscientização sobre o tema.
Também na manhã desta terça-feira
(16), a cadeia de Esperança promoveu uma palestra alusiva à campanha Setembro
Amarelo, voltada para a prevenção ao $uicídi0 e a valorização da vida. O evento
contou com a participação do diretor Berg Lima e integra o conjunto de ações da
Secretaria de Administração Penitenciária da Paraíba (Seap-PB).
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Ascom-Seap/PB
Josélio Carneiro e Josy
Gomes Murta
Fotos: Josélio Carneiro
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